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domingo, 24 de março de 2013

Apenas um Sonho!!!



Quisera poder ter asas,
E voa além de mim.
Não um voo rasante e visível
E sim, sensitível,
Assim como a brisa da noite no tocar
De nossa pele.
Olhar ao longe com olhos de uma águia
E sentir as misturas das cores
Em seu iniciar...
Continuar num voo plainado,
Invisível e solitário
Sem vontade de pousar.
Atravessar ventanias, tufões e furacões...
Mergulhar sem sentir o corpo molhar
No mais profundo de si mesmo.
Ouvir ruídos de vozes mil
Que turbinam a mente
Que nos tornam descrentes
No sentir e no amar.
Sonhos são sonhos
Tenho o direito de sonhar
Mesmo que esses sonhos
estejam apenas no bater
das asas de apenas mais um sonho


Culpa





Porque andas cabisbaixo e quieto
Peregrinando sem rumo certo?
Talvez o incerto seria o contrário
Ou contrário, nada seria.
O que buscas em andanças infindas,
Tortuosas e cruéis?
Pés feridos
Corpo cansado e em frangalhos
Alma partida, sem cor, sem cheiro
Sem vida...
Vida corrida
Escura...sem o brilho do sol,
Sem a leveza das águas, do ar.
O sopro quente de minha boca,
denuncia a minha única fonte de calor
Que acalma o meu ser
E me põe a pensar
Pensar nas alparcatas apertadas
Que rasgam meus pés e sangram minha carne
Sem ter o direito de me curar
Com a cura de o teu olhar.
Pensamentos retidos em nada
E em nada querendo pensar.
Observando apenas a culpa de um dia
ter crescido.

Victor, neto amado!




Victor


Com olhinhos pequenos e meigos
veio ao mundo para nos alegrar
seu sorriso ainda maroto
No seu manto protegido está
No seio de sua mãe, se alimenta o pequeno sorriso
Fortalece seu corpinho
Para o mundo poder enfrentar
Lado a lado com seus pais, avós e tios
Protegido sempre estarás.
Victor é o seu nome
Geozinho sempre o chamarei
Não importa o tamanho do mundo
Contigo sempre estarei.




Te amo meu netinho amado



Um grito no escuro de minha infância!






Eu sou filho do mundo, filho das ruas, das esquinas.
Sou o que chamam de rejeitado. Sou aquele que não tem um pai, uma mãe.
Sou aquele que não possui uma família, nem um lugar onde eu possa receber amor, carinho, compreensão.
Sou um menor abandonado.
Sou aquele que foi gerado num momento impensado, fruto de um relacionamento sem amor.
 Sou aquele que uma mera relação dá origem.
Sou uma criança que nunca pode dizer: "Papai eu te amo! Simplesmente por nunca ter tido um pai.
Sou uma criança que nunca foi amamentado por sua mãe, simplesmente por nunca ter tido uma.
Sabe...eu gostaria de ter uma família, ter alguém que eu pudesse chamar de pai, de mãe.
Ter uma família que me educasse, que me desse carinho, amor, tudo aquilo que eu preciso (...) mas eu nem sei o que é uma família.
 Eu nem sei o que é morar numa casa quente, não sei o que é comer na hora certa ou se quer uma escola eu sei o que é.
 Poxa...! Eu sonho um dia alguém me querer, me dar o amor que eu nunca tive, me dar a educação que eu sempre desejei...meus pais, se é que eu posso chamar assim, só souberam ter lá a sua relação e me dar origem, depois me largaram na vida como se larga um saco velho numa lata de lixo...minha casa, sempre foi a rua, minha cama as calçadas, meu agasalho folhas de jornais que eu apanhava  nas latas de lixo, idênticas a que me deixaram.
Minha educação tive com a vida, passando fome, sentindo frio.
Se minhas roupas estão sujas, é porquê só tenho estas, se meu corpo está imundo é porque não tenho onde me lavar, a não ser nos chafarizes das praças públicas ou riachos e cachoeiras que por acaso eu encontrar. Olha! Vou te contar uma coisa: eu já roubei.
Roubei sim. Roubei comida em supermercado num dia em que a fome apertou e ninguém quis me alimentar.
 Eu acho até, que é assim que surgem os grandes marginais, os temidos assassinos, as pessoas que são julgadas abortos da sociedade.
Mas é duro sentir fome e não ter o que comer, é triste sentir frio e não ter um agasalho para te aquecer...eu acho até engraçado comemorar o Dia das Crianças,
sabendo que por esse Brasil a fora, existem milhares de crianças que não  sabem o que é ser criança, simplesmente porque nunca lhes foi dada a chance de ter tido uma infância...são crianças que  desde o nascimento tem que aprenderem a se virarem sozinhas para não morrerem de fome, e ainda dizem: " Viva o Dia das Crianças!" Por favor, se alguém estiver  lendo  minhas palavras, veja o que passa o menor abandonado.
Sejam mais humanos a ponto de dar mais auxílios as crianças que precisam. essas crianças que agora são abandonadas, podem se tornar os marginais do futuro, mas essas mesmas crianças, se amparadas e educadas, se receberem amor, carinho e afeto, serão no futuro os construtores de um mundo mais humano.
 Eu tive a minha chance e agarrei, mas quantos  ainda esperam essa oportunidade?

RELEASE




GTAF.  GRUPO DE TEATRO FORMIGA

                                  Fundado em 18-06-1981

 







            Fundado à 18 de junho de 1981, o GRUPO GTAF - Grupo de Teatro , é o grupo teatral mais antigo de Itaguaí e ainda  em atividade.

            Apesar das inúmeras dificuldades e da falta de incentivo daqueles que por direito deveriam apoiar a Cultura, o GTAF vem sobrevivendo e ocupando todos os espaços possíveis.

            O sobrenome  FORMIGA, é devido este inseto ser o mais unido e um dos mais antigos  em nosso planeta. O GTAF, prega a união e define a arte cênica como a forma mais útil  de combater toda a espécie de violência  que passa os nossos jovens.

            Foi um início muito árduo, pois não tínhamos lugar certo para ensaiarmos nossos textos, a não ser em praças públicas ou os salões paroquiais. Com o tempo o Grupo foi mostrando o porque veio e as portas começaram a serem abertas.

            Com muita dificuldade, conseguimos nos instalar no Antigo Espaço Cultural Aerton Perlingeiro, hoje Teatro Municipal de Itaguaí. Na época,  dividíamos aquele espaço com a Secretaria de Educação, pois a mesma o fazia de depósito, a Cultura era colocado em segundo plano. Nossa insistência fez com que os diversos diretores que por ali passaram rever o caso e com isso nos fizemos respeitar.

            Com o passar do tempo, o Executivo Municipal, viu que era necessário que o Espaço Cultural fosse um local destinado exclusivamente para os artistas, retirando todo o material escolar que encontrava e entregou de v6s a classe artística. A partir daí muita coisa mudou e começamos uma nova fase.

            Ministrando uma Oficina de Teatro baseada  no Teatro do Oprimido, conseguimos fazer com que o Espaço Cultural fosse um menos de um ano, um lugar conhecido pelos munícipes e por pessoas de fora, que vinham todos os finais de semana para assistirem nosso trabalho.

            Apresentamos diversos trabalhos, entre eles: Perdoe-me Mãe, Juízo Final, Amigos para Sempre, Coleira de Fogo, Crime e Paixão e aos domingos, fazíamos uma coletânea de esquetes cômicos.

            Nesses 23 anos de existência, o GTAF,   recebeu diversas homenagens: Diploma de Destaque do ano de 1990, vários prêmios por participações em Mostras e Festivais de Teatro, etc... Fomos o único grupo teatral do Estado do Rio que participou do 7º Festival Internacional de Teatro, promovido pelo teatrólogo Augusto Boal, representamos Itaguaí, na I MOSTRA PERMANENTE DE TEATRO AMADOR  DA ZONA OESTE,  que ocorreu em julho de 93, duas Moções de Congratulações das Câmaras de Itaguaí e Mangaratiba, participação da II MOSTRA DE TEATRO DO CENTRO CULTURAL NOEL ROSA  em Vila Isabel.

            Levamos o Teatro em dezenas de Escolas Estaduais e Municipais, por dois anos, não apresentando peças cômicas, como também textos com temas bem atuais e discutíveis, tais como Aids, Violência Contra a Mulher, Criança e Idosos, Drogas, etc...

            Realizamos o I FESTIVAL DE TEATRO DE ITAGUAÍ, onde reunimos uma grande número de participantes, o que levou o ESPAÇO CULTURAL AERTON PERLINGEIRO  lotar todas as apresentações

            Com o passar do tempo, o GTAF sofreu algumas mudanças em seu elenco, até porque, muitos se transferiram para outras companhias teatrais, tv e outros casaram e abandonaram a arte. O Grupo hoje conta com 12 componentes, todos jovens e dispostos a trabalhar pela arte.

            O teatro é a primeira invenção humana e é aquela que possibilita e promove todas as outras invenções e todas as outras descobertas. O teatro nasce quando o Ser Humano descobre que pode se observar a si mesmo: ver-se em ação. Descobre que pode ver-se no ato de ver-ver-se em uma "situação"

            Essa é a essência do teatro: o ser humano que se auto-observa. O teatro é uma atividade que nada tem haver com edifícios e outras parafernálias. Teatro- ou teatralidade - é aquela capacidade ou propriedade humana que permite que o sujeito se observe a si  mesmo, em ação, em atividade. O auto-conhecimento assim adquirido permite-lhe ser Sujeito (aquele que observa) de um outro sujeito (aquele que age); permite-lhe imaginar variantes ao seu agir, estudar alternativas. O ser humano pode ver-se no ato de se ver, de agir, de sentir, de pensar.

            Estamos nos preparando para nos apresentar no Teatro  Municipal de Itaguaí com o texto "JULGAMENTO SOCIAL". O texto é uma coletânea de 11 monólogos que narra as dificuldades sócio-político-econômicas de algumas  classes discriminadas pela nossa sociedade.

            Nessa montagem, buscando valorizar o elemento do ser humano, o GRUPO GTAF, usa o "simples" como recurso e procura mostrar  o mais profundo sentimento de repulsa contra uma sociedade com padrões  arcaicos e preconceituosos. O texto não exige nenhum cenário, até porque, a relação ator- personagem- platéia é uma tríade capaz de alimentar os anseios da  platéia, pois a mesma representa  a sociedade em que vivemos.

            Sabemos de muitos obstáculos que cercam o avanço da Cultura em nosso país. Isto atrapalha o crescimento cultural e provoca a perda de identidade e não contribui para o intercâmbio, a relação de nosso fazer cultural com outras regiões de nosso Estado e fora dele.

            Precisamos pular as cercas, reunir, fazer acontecer na prática.

            Os atores do GTAF, são pessoas como outra qualquer, a única diferença...são ARTISTAS!.

 

 

 

 

 

GEORGE D'ALMEIDA

DIRETOR

sábado, 16 de março de 2013

Voo Alto!!!


Sonhei um dia ser um pássaro aladoE ao seu lado voaria sem parar
Cortaria ventos e também tempestades
Voando alto, sempre altoa voar.
Sem me importar com a distãncia ou com o tempo
Apenas tendo tempo para a seu lado voar.
Cai a noite
Vai-se o dia
E as árvores em campos vastos
Continuam a florear.
Um breve descanso
Em rochas altas
Onde posso deslumbrar
O horizonte que parece-me tão perto
Mas distante, onde só meus olhos podem alcansar.
Cai a chuva
Chuva fina, fria, silenciosa
Pingos reluzentes
Como o brilho de seu olhar
Transparentes como os rios
Que desaguam no mar.
Voar...voar...voar!
Voar em sonhos altos
Sem vontade de parar
Plainar entre as montanhas
Olhando o horizonte
E sentindo que o sonho está por terminar
Voltar a minha vida enlouquecida, que nem sei bem explicar
Querendo apenas que chegue o fim
Não do sonho
Não do voo
Apenas de uma história que o tempo irá apagar.


terça-feira, 12 de março de 2013

Certeza de Vitória!!!




As vezes, deixamos de ver coisas

Que estão à nossa frente...

Não acreditamos...desistimos antes mesmo de tentar.

Sonhamos, mais não planejamos,

Pensamos, mais não colocamos em prática.

Ficamos a espera de uma vitória, sem ao menos irmos a luta...

Os sonhos alimentam a nossa vida,

Nos avisa, nos aconselha, nos previne.

Os sonhos nos anima, nos dá sentido...

Mas é preciso ir a luta, enfrentar as barreiras para se obter as vitória.

É preciso planejar os sonhos sonhados...

É necessário colocar em prática os pensamentos positivos,

Para que o hoje não seja o reflexo do ontem e não vire o seu pesadelo...

Sem sonhos, sem perspectivas, sem ideais, é impossível alcançar o topo de si mesmo.

Ir em busca de algo que queremos e, mostrar a nós mesmos que somos capazes de pular as

Cercas do impossível e transformar nossos sonhos em realidade, nos faz sentir mais fortes,

Nos faz sentir vivos.

segunda-feira, 11 de março de 2013

OMISSO




Não previ a decadência humana...

                Não sorri da queda dos pseudos monarcas...

                Não me culpo dos vícios malditos e hereditários...

Não andei por caminhos tortos que não me levariam a lugar algum...

Não acendi a fogueira que consumiu o corpo daquela a quem chamavam de bruxa

Não recolhi das ruas crianças pobres, velhos mendigos ou até mesmo prostitutas

Que me olhavam com olhos tristes...

Apenas observei...observei!

Assisti a tudo e nada fiz e ainda me acho no direito de ser aplaudido.